"" Palavra De Deus: Apologistas e Polemistas

Apologistas e Polemistas

Teologia os Apologistas e Polemistas


Vamos Estudar Sobre os Apologistas E Polemistas. Espero que goste desse estudo e isso lhe motive a aprender mais sobre a palavra de Deus e a estudar teologia.

APOLOGISTAS E POLEMISTAS






Justino Mártir.

Justino nasceu de pais gregos na Palestina, no início do século II. Procurou a fé na filosofia grega. Primeiro, uniu-se a um filósofo estóico, mas, depois de algum tempo ficou desapontado porque não havia progredido no conhecimento de Deus, e o filósofo não parecia nem sequer considerar isto necessário. Em seguida, seguiu a um aristoteliano que era “como ele se imaginava, sagaz”. Depois de alguns dias pressionou Justino por seus honorários, que o abandonou “acreditando que ele não era filósofo absolutamente”. Tentou ser um seguidor de Pitágoras, mas esperava que Justino estudasse música, astronomia e geometria antes de vir a ele para filosofar. Justino ficou impaciente, e em vez disso foi a um conhecido platonista. Fazia progresso diariamente, mas orgulhosamente superestimou seu progresso, esperando “em seguida encarar a Deus”.

Um dia, Justino encontrou um homem idoso perto do mar, que lhe mostrou as Escrituras do Antigo Testamento e Cristo (Justino também se refere a impressão que tinha causado nele, pelo modo corajoso que os cristãos enfrentavam o martírio). Tornou-se cristão vendo “apenas esta filosofia para ser salvo e útil”. Conclui o relato de sua conversão com a afirmação que “assim e por esta razão eu sou um filósofo”. Desta época em diante Justino usava a capa de filósofo. Ele não era apenas um cristão buscando relacionar o cristianismo à filosofia grega. Ele era um grego que chegou a compreender o cristianismo como o cumprimento de tudo que era o melhor na filosofia, especialmente no platonismo.

Apenas três obras suas sobrevivem: a) Diálogo com Trifo. O registro de um debate longo e cortês que ele teve com um judeu chamado Trifo. Isto aconteceu em Éfeso, o provável local da conversão de Justino. b) I Apologia. Uma defesa da fé cristã endereçada ao imperador. c) II Apologia. Um suplemento mais curto que a obra acima, endereçada ao senado romano.

Seus últimos anos foram passados em Roma, onde ele ensinou. No ano 160 foi preso, com outros, e julgado por ser cristão. Recusou a renunciar à sua fé oferecendo sacrifícios aos deuses e morreu convicto de sua salvação em Cristo.

As Apologias I e II estão num plano consideravelmente mais alto que os escritos dos Pais Apostólicos, é uma apresentação perfeita da fé cristã. Representava Cristo não como um completo forasteiro, mas como o cumprimento do melhor do pensamento grego. Fez isto explorando o conceito grego do Logos ou Palavra no qual todos os homens participam. Afirmava que Platão e outros filósofos haviam tomado emprestado algumas das suas idéias do Antigo Testamento.

Justino firmou sua fé cristã em sua herança grega. Quando se tornou cristão não renunciou a filosofia, mas passou a ser um filósofo melhor, um verdadeiro filósofo. Afirmou que a relação entre os filósofos e Cristo é a mesma entre o incompleto e o completo, entre o imperfeito e o perfeito. Assim, enquanto estava seguro com seu passado grego, não estava preso a ele. O Verbo deu compreensão aos filósofos, mas agora o próprio Verbo se manifestou em Cristo. O imperfeito deve ser testado e corrigido pelo perfeito.

Justino podia ser altamente crítico do pensamento grego. Para ele “a razão dirige aqueles que são verdadeiramente piedosos e filosóficos a honrar e amar apenas a verdade, deixando de seguir opiniões tradicionais se estas forem inúteis”. Repetidamente alinhou-se com Sócrates que, como os primeiros cristãos, foi chamado de ateu porque rejeitava os deuses pagãos e sofreu por sua crença. Mas Cristo era imensamente superior a Sócrates:

“Porque ninguém confiou em Sócrates a fim de morrer por esta doutrina. Mas em Cristo... não apenas filósofos e eruditos têm acreditado, mas também artesãos e pessoas inteiramente sem formação têm desprezado glória, medo, e a morte.”

A abordagem de Justino de ver continuidade entre seu passado grego e sua fé cristã foi seguida por Clemente e Orígenes de Alexandria. Tertuliano, em Cartago, se opôs a isto veementemente.


Irineu.

Era um grego nascido na Ásia Menor, de uma família cristã. Quando menino ele ouviu a Policarpo, bispo de Esmirna, que havia conhecido o apóstolo João. Mudou-se para Lyons na Gália (França) onde tornou-se presbítero pela primeira vez. Em 177, após o martírio do bispo, foi o seu sucessor. Tradicionalmente acredita-se que tenha morrido no início do terceiro século.

Irineu é uma ponte entre a antiga teologia grega e a teologia ocidental latina, que começou com seu contemporâneo mais jovem, Tertuliano. Sua maior contribuição está na refutação da heresia e na exposição do cristianismo apostólico. Sua principal obra foi a Refutação e Ruína do Conhecimento Falsamente Assim Chamado, conhecido pelo título mais curto de Contra Heresias. Foi escrita principalmente em oposição ao Gnosticismo.

O Gnosticismo inclui uma variedade de seitas do segundo século com certos elementos em comum. Eles criam num Deus supremo que é totalmente remoto deste mundo, Ele não tinha nenhuma participação em sua criação.
A criação era um trabalho mal feito de uma deidade inferior, identificado como o Deus do Antigo Testamento. Entre este mundo mau e o Deus supremo há uma hierarquia de seres divinos.
O homem, seu corpo, sendo físico, é parte deste mundo; sua alma é uma faísca divina, presa num corpo. A salvação é o escape da alma do corpo para o reino celestial acima. Para alcançar o Deus supremo a alma precisa passar pelos reinos além deste mundo, que são controlados por estrelas e planetas, potencialmente hostis aos seres divinos.
O veículo da salvação, o conhecimento (gno,sij), é obtido de dois modos: Um modo rudemente mágico como o conhecimento de senhas necessárias para passar pelos seres divinos a caminho do Deus supremo; De um modo mais filosófico, como o conhecimento existencial.
O gnosticismo era uma religião radicalmente diferente do cristianismo ortodoxo. Os diferentes grupos gnósticos tinham suas próprias escrituras; também haviam apelado a tradições secretas, que afirmavam ter recebido de um ou outro apóstolo.

Irineu reagiu fortemente a esta heresia, seus argumentos podem ser divididos em três argumentos principais:
Primeiro, descreveu os diferentes sistemas gnósticos em detalhes. Procurou expor a natureza absurda de muitas de suas crenças, para Irineu “meramente descrever tais doutrinas é refutá-las”.
Segundo, desafiou as reivindicações gnósticas de tradições apostólicas secretas. Argumenta que se os apóstolos tinham tido ensinamentos especiais para transmitir, deveriam tê-los confiado às Igrejas que haviam fundado. Aponta as diferentes igrejas fundadas pelos apóstolos e mostra como tem havido uma sucessão contínua de ensino aberto e público nestas igrejas desde aquele tempo. Alista os líderes destas igrejas, começando com os apontados pelos próprios apóstolos.
Terceiro, estas igrejas, espalhadas por todo o império, ensinavam a mesma doutrina. A questão que Irineu coloca é esta: é mais provável alguém encontrar o cristianismo apostólico nas igrejas apostólicas cujo ensino tem sido aberto e contínuo desde sua fundação, e que concordam uma com a outra ou entre os gnósticos, cujas reivindicações as tradições apostólicas não podem ser verificadas e são mutuamente contraditórias e que não concordam uma com a outra?

Irineu foi um dos primeiros a falar da Escritura do Novo Testamento ao lado do Antigo Testamento. Inicialmente as “Escrituras” para os cristãos significavam o Antigo Testamento.Os escritos dos apóstolos eram concebidos como autoridade, mas apenas gradualmente foram todos reunidos num Novo Testamento. No tempo de Irineu, o Novo Testamento era semelhante ao nosso: quatro Evangelhos, Atos, cartas de Paulo e outros escritos. Divergências sobre a última categoria (de Hebreus a Apocalipse) continuou por algum tempo, embora os escritos aceitos em qualquer lugar, em qualquer tempo não estivesse muito longe do nosso Novo Testamento.

Irineu apelou à escritura apostólica (Novo Testamento) e ao ensino apostólico (tradição) nas igrejas apostólicas. Esta última não significava um acréscimo à mensagem do Novo Testamento. Foi especialmente porque os gnósticos não aceitavam o Novo Testamento que Irineu teve que apelar para a tradição. A tradição supriu um resumo básico do cristianismo apostólico (como encontrado mais tarde no Credo dos Apóstolos, por exemplo), em oposição às crenças gnósticas radicalmente diferentes. O apelo de Irineu à tradição foi correto naquilo que serve para provar seus argumentos contra o Gnosticismo.





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