O poder da Palavra de Deus: a Autoridade
Por ser a Bíblia a Palavra de
Deus e sem erros, entendemos que ela é a palavra final e autoritária no que diz
respeito a toda questão de doutrina e ética, seja moral ou espiritual. Sua
autoridade é uma conseqüência imediata da inspiração. Se Deus inspirou
completamente as Escrituras, elas estão revestidas de Sua autoridade.
Deus é a fonte de toda
autoridade (Sl 10:16; Jr 10:10; 1 Tm1:17).
Cristo, sendo Deus encarnado, tem nesse mundo toda a autoridade de seu Pai.
* Ele ensina com autoridade –
Mc 1:22.
* Ele dá ordens aos espíritos
impuros com autoridade e poder – Lc 4:36.
* Ele tem a autoridade (poder)
para perdoar os pecados – Lc 5:24.
* Ele tem autoridade sobre a
doença (Lc 6:19), sobre a morte (Lc 8:53-55) e sobre a
natureza (Mt 8:23-26).
* Ele tem toda autoridade – Mt
28:18 ; Cl 2:10 ; Ap 12:10.
* Jesus Cristo reconheceu a
autoridade das Escrituras – Mt 5:17-18; Lc 2 :27, 44;
Mc 12:24; Jo 5:45-47.
As Escrituras têm mais
autoridade do que a Igreja. Isto é contrário ao que crê a Igreja Católica
Romana. Ela crê que a Bíblia deve sua existência à Igreja, portanto a Igreja
tem autoridade sobre a Bíblia.
* A Igreja
Católica Romana completou, à sua maneira, as Escrituras quando adicionou os Livros
Apócrifos ao Antigo Testamento no Concílio de Trento em 1546.
Ela decidiu na mesma ocasião
que a Tradição da Igreja, as decisões dos Concílios, e finalmente, os decretos
do Papa são infalíveis (desde 1870), têm o mesmo valor e são às vezes superiores
à Bíblia. Fazendo isso, a Igreja Romana se coloca em uma posição superior à
Bíblia.
* Evidentemente, a Igreja não
produziu o Antigo Testamento e vemos a que ponto o próprio Cristo, os apóstolos
e os primeiros cristãos eram submissos à sua autoridade.
* Uma boa parte do Novo
Testamento estabeleceu como a vida da Igreja deve ser regulamentada e mantida.
A Igreja se coloca sob a autoridade das Escrituras.
4- A necessidade da Bíblia. A
Bíblia é e continuará a ser necessária até o retorno de Jesus Cristo. Ela é
nosso único guia de fé e de prática. Ela é mais importante do que a Igreja.
Muitos erram crendo que a
Bíblia é boa, mas não necessária, preferindo confiar mais numa “luz interior”
que pode ser muito enganosa.
Uma vez assegurados de que a
Bíblia é a Palavra infalível de Deus, então se pode olhar para o fenômeno das
Escrituras (os aspectos mais humanos das Escrituras) e observá-la à luz da
doutrina das Escrituras. Esta última será um guia para manter o fenômeno das
Escrituras numa perspectiva correta. Tanto um como o outro são necessários,
pois a Bíblia tem um aspecto tanto sobrenatural como humano.
Muitas vezes um leitor cético
da Bíblia aponta para supostas contradições ou um leitor com fé observa
aparentes contradições no texto bíblico. Quando confrontamos tais
circunstâncias, devemos prosseguir com cautela. Primeiramente, é necessário
mantermos em mente que estamos manuseando a Palavra de Deus. Uma atitude de
oração e reverência buscando a ajuda do Espírito Santo deve ser mantida.
Um trabalho cuidadoso de
exegese bíblica precisa ser feito no texto ou textos em questão. Um estudo
cuidadoso levando em consideração as palavras no original com sua sintaxe, o
pano de fundo histórico e cultural, o contexto, o tipo de literatura do texto,
como também outras ferramentas de estudo bíblico, ajudarão a eliminar a maioria
das contradições aparentes.
É, no
entanto, necessário lembrar que não podemos resolver todas as dificuldades. A
incerteza do conteúdo dos escritos originais em alguns textos e a distância no
tempo e na cultura entre a nossa cultura contemporânea e o conteúdo bíblico,
fazem com que seja impossível resolver todas as dificuldades. Algumas questões
ficarão em aberto até que tenhamos mais informações pertinentes.
Não é
necessário que tenhamos todas as questões resolvidas para podermos confiar na
Bíblia e na sua infalibilidade. Pode-se confiar totalmente na Bíblia porque é a
Palavra de Deus.
F) A Iluminação
Iluminação é a atividade do
Santo Espírito na mente do crente, ajudando-o a entender a verdade revelada que
se encontra na Bíblia.
Este processo é importante por
causa da condição da mente e do coração humano. Como criaturas caídas e pecadoras,
parcialmente por causa do nosso pecado e parcialmente por causa da nossa
natureza humana, temos várias barreiras que nos impedem de compreender
corretamente as Escrituras. As nossas mentes são finitas (comparadas ao
infinito Deus), o nosso entendimento afetado pelo pecado é débil e cego (Rm
1:24; 2 Co 4:3-4; Sl 119:18), a nossa tendência natural é à rebelião contra
Deus (Rm 8:7), somos limitados pelos nossos corpos físicos e os nossos sentidos
(enquanto que Deus é espírito) e as coisas espirituais só se discernem
espiritualmente (1 Co 2:14).
A iluminação é normalmente
permanente e aumenta gradativamente. Quando o crente se submete ao Espírito de
Deus, este o conduz a toda a verdade. (Jo 16:13).
Sl 119:18, 130; 2 Co 3:14-16;
Rm 8:16.
Observações:
Ø A iluminação torna a Bíblia acessível a toda pessoa
que crê: inteligente ou não (Lc 10 :21), instruída ou não (Mt 5 :3).
Ø Os que não crêem e não são regenerados não possuem
esta iluminação (1 Co 2:14; 2 Co 4:3-4).
Ø Certas coisas na Bíblia serão sempre de compreensão
difícil.
Ø Certas coisas na Bíblia não são para o nosso tempo.
Daniel não compreendia as revelações que recebia, da mesma forma que vários
outros profetas. Suas profecias tornaram-se claras somente muito tempo depois.
Ø Os discípulos não compreendiam tudo que Jesus dizia
(Lc 18:34). Eles só compreenderam essas coisas após Sua morte e ressurreição
(Lc 24:45).
Ø Existem
coisas que ainda nos são ocultas, das quais não compreendemos o sentido exato
(muitas coisas em Apocalipse, por exemplo).
Aprenda mais sobre contexto bíblico através de vídeo.
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